quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Metamorfose romântica


Aquele momento foi inspirador o suficiente para
De sonhos sermos a realidade
De idealizações sermos a imperfeição.
Aqueles toques sensivelmente desbravadores,
Tornaram-me tuas composições mudas;
Minha pele tuas teclas,
Meus cabelos tuas cordas,
Meus lábios tua flauta,
Sonata em Sinfonia e o Romance em Poesia.
Foi assim que fui feita ontem.

Em um cruzar de olhares permanente
Deleitei-me de minha egoísta admiração
Em que quando eu olhei teus olhos
No mais fundo de seus cristais...
O redor se fez soturno e inerte,
Com um sóbrio feixe de luz em nós, amantes juvenis.
A sensibilidade poderia estar aguçada,
Mas em um simples beijo quase me fez chorar.
Noite resumida em seu palco de Camélias
O tempo, detalhe ignorado em nossos movimentos silêncios.
O sentimento foi protagonista da nossa peça particular
O silêncio, o amante
O desejo, o antagonista
Nós, as vítimas de nós mesmos.

Um comentário:

Gustavo Santiago disse...

Que envolvimento em tchela?

que ligação! Deve está fresquinho ainda na sua memória