domingo, 4 de julho de 2010

É isso aí! O Brasil perdeu. Estamos órfãos!

A seleção nem desembarcou na terra de Mandela e já está voltando para casa.

O patriotismo do brasileiro sai do armário de quatro em quatro anos e pra quê? Nem pra chegar à final (ou perto)?

Tudo começou bem. No 1º tempo, Robinho dominava a bola, Felipe Melo dava esperanças em campo com um passe digno dos grandes meias da história do futebol e, claro, Kaká "bad boy" quase fez um gol.

No 2º tempo, uma virada surpreendente. Felipe Melo foi de herói a vilão - Sneijder cruza, Felipe Melo e Júlio César se chocam e o volante faz de cabeça um gol contra ( o primeiro gol contra da história da seleção em Mundiais). Não bastava o empate da laranja mecânica. O camisa 5 se distrai, não marca o camisa 10 da Holanda e a ainda pisa em Robben. Piiiiiiiiiiiii!!! Cartão vermelho! Felipe Melo fora!

O volante titular de Dunga pôs tudo a perder no segundo tempo, justificando as incessantes críticas durante a divulgação da lista de convocados.

Ou será que foi tudo culpa do Mick Jagger? Não bastou ele gongar a Inglaterra e Estados Unidos, ele teve que apelar para o verde e amarelo?!

Pois é. Agora é de verdade. Brasileiro, não adianta chorar, vai ter que ir trabalhar!

O Brasil perde e afeta toda virilidade e patriotismo do povo.

Se o orgulho de ser brasileiro está diretamente associado ao futebol, quer dizer que agora estamos ófãos?
Não, por que nada melhor que a Argentina levar 4 gols (sem chance de contestação) para consolar a pátria nacional.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Robert Doisneau

Este fotógrafo francês imortalizou o cotidiano das ruas parisienses com sua sensibilidade. E a partir de efêmeros momentos captados por sua câmera criou histórias repletas de poesia e humor.

Prévert at a Café Table, Quai Saint-Bernard, Paris 5e, 1955


Hell, Paris, 1952


Fox terrier on the Pont des Arts,1953

Pipi Pigeon, Paris, 1964


Le Baiser de l'Hotel de Ville, Paris, 1950*

*La photo éternelle

domingo, 27 de junho de 2010

Em tempos de Copa...

A cada quatro anos o Brasil pára: o mercado fecha, a farmácia fecha, a faculdade fecha, o banco fecha, o trânsito para. O país fica estagnado em um feriado nacional que dura 90 minutos – e pode se estender por mais seis vezes se o Brasil for para a final.

Em tempos de copa os brasileiros torcem pelos mesmos heróis – os onze jogadores que vão a campo. É um fanatismo peculiar para a nação, que nessa temporada transforma o futebol em pátria e joga a responsabilidade para o escanteio. Copa é assim: basta um bar, uma cervejinha, uma TV 12 polegadas para que todos sejam iguais (pode ser negro, índio ou branco; pode ser pobre, rico ou classe média) no mundial de futebol o que importa são as performances no campo – que desde Pelé e Garrincha a seleção brasileira deixa os espetáculos a desejar.

Em tempos de copa a visão é unilateral. O brasileiro só enxerga a tela de plasma e LCD, que parece anestesiar sua mente em uma amnésia ou ignorância instantânea já que se esquece de pagar as contas (nessa época o dinheiro é só para o churrasco e a cerveja) e de pegar o filho na escola de inglês (“bendito” fuso horário que emplaca o jogo no meio da tarde). No jornal também só se vê copa. Quem quer saber da inflação ou da cotação do dólar quando se pode rever os gols? E em 2014 como vai ser o Brasil em tempos de copa? O brasileiro vai parar ou preferir trabalhar?

Em tempos de copa todo país canta em uníssono “Eu sou brasileiro com muito orgulho”. Mas orgulho de quê? De ganhar um campeonato esportivo? E o índice de pobreza, analfabetismo, desigualdade de renda? O brasileiro deveria ter esse espírito “pai de santo” que incorpora na copa todos os dias do ano, quem sabe como o país seria então? Mas tudo bem... É melhor ter orgulho a cada quatro anos do que não ter orgulho hora nenhuma.

O mundial tem espaço até nas páginas cibernéticas do Twitter, que anda promovendo pérolas como “cala boca Galvão” e “burro do Dunga”, personalidades que causam irritação na torcida: o comentarista por falar demais e o técnico, em razão da nada ousada convocação. Agora é se contentar com Elano, Josué e Grafite, enquanto nós poderíamos assistir aos gols de Ronaldinho Gaúcho e o show dos meninos da vila (Neymar e Ganso).

Em tempos de copa o Brasil permanece em silêncio, na expectativa de gritar “Goooolll!!!”.

domingo, 29 de março de 2009

Intríseco







"Não sei se me erro
ou se me perco.
No fim, sou abstrata de mim"